No final de setembro aconteceu o Seminário Anprotec, evento onde um dos participantes do Start-Up Brasil, Flávio Marinho, gestor responsável pela Acelera Cimatec, debateu sobre “MPEs inovadoras: desafios à geração de resultados ainda melhores”.

Em entrevista, Flávio explicou para o Start-Up Brasil quais são os desafios existentes, não apenas nas micro e pequenas empresas (MPEs) inovadoras, mas também no mercado como um todo, quando o que está em questão é a diferença entre geração de conhecimento e a geração de riqueza.

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Flávio Marinho, da Acelera Cimatec

Quais são os desafios para as micro e pequenas empresas inovadoras obterem ainda mais resultados?

De forma geral, precisamos diferenciar as micro e pequenas empresas (MPEs) das startups, mesmo que um grupo esteja contido no outro. A importância disso é compreender o que esperamos dessas empresas. Enquanto startups pretendem desenvolver novos modelos de negócios, que resolvam problemas relevantes da nossa sociedade, de forma escalável, repetível e lucrativa, tendo a tendência natural de crescer e alcançar a larga escala e, quem sabe, a internacionalização, outras empresas de micro e pequeno porte podem possuir ambições diferentes. Ainda assim, elas podem ter papeis importantíssimos a cumprir na sociedade, resolvendo demandas locais e regionais e servindo como um instrumento eficaz para a geração de renda e o desenvolvimento econômico nacional.

A lista de desafios para todas elas é bastante longa. De forma geral, a inovação tem sido percebida como uma condição fundamental para superarmos tantos as questões tecnológicas, quanto organizacionais.

Enquanto as oportunidades por inovações organizacionais são predominantes nas empresas tradicionais de micro e pequeno porte – aperfeiçoando seus modelos de negócios, processo, ambientes produtivos, entre outras questões -, para as startups, a tecnologia é o ponto de partida e direcionador das outros aspectos.

Como elas podem ser mais competitivas?

O SENAI construiu um programa de apoio à competitividade da indústria brasileira, a partir da percepção do cenário atual que a indústria tem enfrentado do baixo grau de investimento privado nacional em pesquisa e desenvolvimento, das tendências evolutivas relacionadas à indústria mundial, das sugestões que têm sido apontadas pelo Movimento Empresarial pela Inovação (MEI) e da ampla capilaridade que o SENAI alcançou, sendo reconhecido como a maior rede privada de educação profissional e prestação de serviços tecnológicos do país.