O primeiro Demo Day do programa Start-Up Brasil, que aconteceu ontem em São Paulo, foi marcado por demonstrações de progresso das startups. Diversas apresentaram pitches no palco, outras tinham estandes na feira (veja material sobre elas). Investidores e representantes de entidades e empresas parceiras foram convidados e prestigiaram o evento.
José Henrique Dieguez, Chefe de Divisão de Inovação em Software e Serviços de TI (no MCTI) esteve no evento representando o Secretário de Política de Informática, Virgílio Almeida, e foi um dos 3 responsáveis pela concepção do Start-Up Brasil (ao lado de Almeida e Rafael Moreira). “O Start-Up Brasil não é um programa de fomento, é um programa de mudança de ecossistema, chegando a anjos, investidores, corporações. O objetivo é que as startups retornem ao mercado com uma dívida moral de seguir retro-alimentando esse ecossistema. Este modelo de atuação não é nada ortodoxo dentro do governo, tem várias parcerias institucionais e privadas, em vários níveis. Só subvenções econômicas e bolsas não funcionavam completamente para inovar nos negócios de tecnologia; era necessário ainda mentoria – daí as parcerias com as aceleradoras”, contextualizou. “Recentemente, trouxemos a Softex para dar uma nova ordem de gestão para o programa. Temos um grande desafio como política pública, não é só olhar para o aqui e agora. A Inovação é uma preocupação nova no MCT, que virou MCTI. Temos de pensar em negócio, muito além de pesquisa & desenvolvimento – que é a nossa origem. Não conseguimos sozinhos, precisamos mobilizar parceiros”.
Felipe Matos, COO do programa, apresentou diversos números para ilustrar como a taxa de sucesso da primeira turma indica que o trabalho vem sendo desenvolvido na direção correta. “Este Demo Day celebra um processo de muito trabalho. Grande desafio, construído em parceria. Entidades do governo, privado, organizações de classe, aceleradoras, fazendo todo ecossistema conversar, funcionar. É sempre bom celebrar conquistas”, comentou.
Para Diônes Lima, gerente de inovação e empreendedorismo na Softex, a entidade que assumiu recentemente a gestão operacional do programa, as startups do programa tem muito futuro pela frente. “Das 10 empresas brasileiras de TI que fizeram IPO, 9 passaram por programas da Softex. Temos muitas coisas a trazer para o programa, queremos ouvir o pessoal. Queremos contribuir, ajudar esse programa que já é grande, um marco do empreendedorismo nacional. Queremos trazer a nossa senioridade para alavancar os negócios de vocês”, declarou. “Temos escritórios, hubs pelo mundo, as startups do programa podem usar sem custo, só precisam fazer análise de maturidade e mentoria pra se preparar. Um dos nossos principais papéis é preparar vocês para irem ao mercado”, acrescentou.
Jayme Queiroz, representante da Apex-Brasil, entidade parceira do programa, apresentou sobre a parte internacional do Start-Up Brasil. “O programa passou por esse momento todo pra chegar no Demo Day oficial. Pretendemos ampliar o papel da Apex-Brasil na próxima fase. A chamada internacional é delicada, envolve demandas da vinda dos estrangeiros. A ideia é favorecer tecnologias que não necessariamente estão aqui, dar oportunidade de que coisas diferentes se estabaleçam aqui e gerem riqueza no país. Também trabalhamos com fundos e venture capitals para ver a possibilidade de mais recursos; é um trabalho árduo, de longo prazo, mas já começa a dar resultado”.
Veja alguns dados apresentados por Felipe Matos – e clique nos slides abaixo para ver outros.
- 65% das startups da turma 1 têm receita;
- 68% tiveram marcos importantes de evolução;
- Juntas, as empresas já levantaram mais capital do que o governo aportou;
- 122% de crescimento no faturamento mensal;
- 134% de crescimento anual (“Se a turma 1 fosse uma empresa, seria a quarta empresa que mais cresceu no Brasil neste último ano”, comentou).
The first Demo Day of Start-Up Brasil program, which took place on November 6 in São Paulo, Brazil, was marked by the presentation of its startups progress. Several pitches were presented on the stage, while others had the chance to show their products at the fair stands (see the material about them). Investors and partner companies representatives, as well as other important groups were invited to attend the event and participate.
José Henrique Dieguez, head of the Software and IT Services Innovation Division of the Ministry os Science, Technology and Innovation of Brazil (MCTI) was at the event representing the Secretary for Information Technology Policy, Virgílio Almeida, and was one of 3 people responsible for the conception of Start-Up Brasil (next to Almeida and Rafael Moreira). “Start-Up Brasil is not just a stimulus program, it is a program to change the ecosystem, reaching angel investors, venture capital investors, corporations and others. The objective is for startups to get back to their market with a ‘debt of honor’ to keep feeding back into the ecosystem. This action model is nothing orthodox within the government, it has several institutional and private partnerships, at several levels. Only economic subventions and grants have not fully worked to innovate technological businesses; we still need mentoring – which is where the partnerships with accelerators comes in,” he described. “Recently, we brought Softex in to bring a new management order to the program. We have a huge challenge with public policy, not just to look at the here and now. Innovation is a new preoccupation at MCT, which became MCTI. We need to think about the business, which is so far beyond research & development – which is our place of origin. We couldn’t do it alone, we need to move partners.”
Felipe Matos, COO of the program, presented several numbers to illustrate how the success rate of the first group shows that the efforts have been made in the right direction. “This Demo Day celebrates a work-intensive process. A huge challenge, build in an environment of partnership. Groups from the Government, private sector, communities of practice, accelerators, are making the whole ecosystem to engage, to work. It’s always good to celebrate achievements,” he commented.
For Diônes Lima, Innovation and Entrepreneurship manager at Softex, group that recently took up the position of operational management of the program, the startups have a great future ahead of them. “Of the 10 brazilian IT companies that had an IPO, 9 went through Softex’s programs. We have a lot to add to the program, we want to hear people. We want to contribute, to help this program, which is already big, which is a milestone for national entrepreneurship. We want to bring our seniority to leverage your business,” he stated. “We have offices, hubs throughout the world, which the program’s startups can use cost-free, they only need to provide the maturity analysis and to do the mentoring to prepare. One of our main roles is to prepare you to go into the market,” he added.
Jayme Queiroz, representative of Apex-Brasil, a partner group of the program, presented the international dimension of Start-up Brasil. “The program has come through this stage to make it to the official Demo Day. We intend to amplify the role of Apex-Brasil in the following phase. The international call is delicate – it includes bringing in foreigners. The idea is to favor technologies that aren’t necessarily available locally, to give opportunity to things that are different to get established here and generate richness in the country. We also work with funds and venture capitals to find the possibility of acquiring more resources; it is hard work, on a long-term horizon, but it has started to bear fruit.”
See below some data presented by Felipe Matos – and click on the slides below to see further information (available only in Portuguese).
- 65% of the startups in the 1st group have income;
- 68% met important milestones;
- Together, they have raised more financial resources than the government grants;
- 122% growth in monthly income;
- 134% of anual growth (“If Group 1 were a company, it would be the fourth fastest growing company in Brazil this last year,” Felipe Matos commented).