Primeira turma de empreendedores de startups a ser acelerada na Acelera MGTI

No Brasil, já existem aproximadamente 400 incubadoras de empresas de base tecnológica (de acordo com a Anprotec), desde a década de 1980. A entidade mineira Fumsoft, por exemplo, já existe há 20 anos já atendeu em torno de 250 startups em seus programas de incubação, pré-incubação e outros.

Por outro lado, o movimento de aceleradoras é muito mais recente e tem uma abordagem diferente. Ao invés de focar em condições especiais para o desenvolvimento de um produto, uma aceleradora busca intensificar as relações de mercado para a comercialização de um produto. Os métodos utilizados por incubadoras e aceleradoras também costumam ser diferentes. A primeira aceleradora, Y Combinator, surgiu nos Estados Unidos em 2005, e desde então diversas cidades em diversos países e continentes já contam com aceleradoras. No Brasil, a primeira a oferecer o modelo de aceleração, a Aceleradora, iniciou em 2008. Em , 2011, outras começaram a surgir no nosso país.

Atualmente, 9 aceleradoras brasileiras integram o Start-Up Brasil, mas existem mais aceleradoras em diferentes regiões do Brasil, e não apenas em capitais. Para entender melhor como funciona uma aceleradora, em comparação a uma incubadora, conversamos com Felipe Byrro, COO da Acelera MGTI, aceleradora sediada em Belo Horizonte (MG) e integrante do Start-Up Brasil.

As diferenças entre incubação e aceleração

Felipe Byrro ajudou a compilar uma série de comparativos entre uma aceleradora e uma incubadora. Confira:

1) As incubadoras, em geral, não investem dinheiro na startup nem pegam participação societária, enquanto as aceleradoras investem e pegam participação. No caso da Acelera MGTI, a participação vai de 4% a 20%, caso a startup opte por outros serviços opcionais;

2) Na incubadora, as empresas em média as empresas podem ficar até 2 ou 3 anos. Na aceleradora, a ideia é trabalhar o máximo possível durante 6 meses (mas tem algumas cujo processo dura um pouco mais);

3) Na incubadora, os 5 eixos são trabalhados por consultores pontualmente alocados para cada coisa. Na aceleradora, a ideia é uma rede estendida de mentores;

4) A aceleradora também tem um viés de sucesso econômico. Seleciona-se empresas que ao menos tenham um produto em fase de comercialização. A Acelera MGTI acabou tendo um foco maior – mas não restritivo – em negócios b2b (entre empresas, não diretamente com um consumidor final). O objetivo é ganhar o mercado rapidamente ou pivotar.

A Acelera MGTI é executada pela Fumsoft, mas faz parte de uma iniciativa maior chamada de MGTI 22, da qual participam também as entidades Assespro MG, Sucesu Minas e Sindinfor. Ontem foi o primeiro dia de aceleração, e consistiu em apresentações feitas pelas startups (pitches) perante convidados das quatro entidades, mais autoridades municipais e estaduais e outros convidados.

The first group of startup entrepreneurs who initiated the acceleration process at Acelera MGTIIn Brazil, there are already approximately 400 incubators for technology-based companies (according to Anprotec) since the 1980´s. The Fumsoft organization in the State of Minas Gerais, for example, has been around for 20 years and has supported around 250 startups in their incubation, pre-incubation and other programs.

On the other hand, the accelerator movement is much more recent and has a different approach. Instead of focusing on special conditions for the development of a product, an accelerator tries to intensify market relations for the trading of a product. The methods used by incubators and accelerators also tend to be different. The first accelerator, Y Combinator, emerged in the United States in 2005, and since then several cities in several countries and continents already count on accelerators. In Brazil, the first to offer an acceleration model was Aceleradora, in 2008. In 2011, other accelerators started to emerge in our country.

Currently, 9 Brazilian accelerators integrate the Start-Up Brazil, but there are more accelerators in different regions of Brazil – and not just in capitals. To better understand how accelerators work, in comparison to incubators, we talked to Felipe Byrro, COO of Acelera MGTI, headquartered in Belo Horizonte (the capital of Minas Gerais) and a member of the Start-Up Brazil program.

The differences between incubation and acceleration

Felipe Byrro helped compile a number of comparison points between accelerators and incubators. Check them out:

1)Incubators, in general, do not invest money on startups nor do they become shareholders, while accelerators invest money and hold shares. In the case of Acelera MGTI, shareholding ranges from 4% to 20%, if the startup chooses to obtain other optional services;

2) At incubators, companies can stay from 2 or 3 years, in average. At accelerators, the idea is to work as hard as possible for 6 months – but there are some whose process lasts a little longer;

3) In the incubator, there are consultants allocated for each thing, while the concept of accelerators is to be an extended network of mentors;

4) Accelerators also have a special drive towards economic success interest. The companies usually selected have at least one product ready for the market. Acelera MGTI ended up having a bigger focus – although not restrictive – on b2b companies (business-to-business, not end-consumer oriented). The goal is to win the market quickly, or pivot.

Acelera MGTI is operated by Fumsoft, but it is part of a larger initiative called MGTI 22, with the participation of the organizations Assespro MG, Sucesu Minas and Sindinfor. On Monday they had their first day of acceleration, and there were pitches done by the entrepreneurs to guests, which included business people, academics and authorities.